18 abril 2012

A cama

Sem posição,mas no escuro tudo é válido
a paz das tardes com uma pitada de calor
a janela sempre refletia muito sol,mas as tarde tinham de ser especiais, independente de sol ou não.
as tarde aqui, sim! Lá onde eu não sei,não me importava.
a essência daqueles momentos me deixava um pouco sem ar para levantar,então passava a tarde toda cutucando as coisas que estavam na cama e com um pouco do meu fardo me afastava para me manter como uma pena naquela cama.
preguiça,
solidão,
amargo,
desespero,
choro,
paz,

tudo estava ali, junto e misturado,como dois polos em mim, regendo todo o ambiente, o meu templo de purificação mental..

grito

Veio até a garganta e deslizou retrocedendo tudo para dentro
de repente veio o impulso em forma de vômito,mas o que pôde sair naquele momento era apenas um ar com gosto amargo.
paralisando,
paralisado,
cérebro avulso,
detectando invasões,
tristeza carmente,
dilacerando as emoções,
Regresso,
meu regresso de vc,
na pele: o desafio de não tocar,
a lágrima,
a confusão,
o retalho de situações,
dilata,dilata tudo em meus braços,
sangue fervendo,
querendo algum significado,
Mas tudo isso aconteceu, para acabar gritando para dentro
Eco!  Eco!  Eco!  Eco!  Eco!  Eco!  Eco!  Eco!  Eco!  
e o vazio imensurável na alma.