28 novembro 2010

Ela nao podia ser normal do lado de tanta gente absurda!
Ela só podia ter esquecido,mesmo tudo que tinha aprendido sozinha, naquelas tardes de solidao colorindo o chao se encontrando em algum buraco de azolhejo da casa.A solidao lhe servia,lhe caía muito bem,por vezes soava absurda,um grito saia de sua alma,desgrudava do corpo e caia no esquecimento do real,voltava pra aqueles dias passados de alegria,pra o abrir da porta,para o jantar e os dias de domingo.Nada era o mesmo,nada! E ela nao podia mais falar,mais indagar,mas respirar estranho,pois tudo lhe denunciava,tudo falava por ela. Isso era ruim,todo mundo que pegava distraida sabia um pouco sobre ela, e ela se doava tanto que no fim ficava tão vazia esperando tudo em troca.

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