22 cigarretes e duas amigas

Causa-me um estreitamento horrivel em meu ventre, um rio doloroso de sangue e cheiro de ferro saindo de mim. Sensação incomoda, não sei por quê veio tão incomoda. Talvez a solidão esteja aumentando isso, a lastima,a minha lastima feminima imperdoavel.Hoje sentei com uma amiga numa calçada de um prédio velho,fumamos como se quisessemos sair daquele mundo,como se fossemos duas junkies iniciando nessa mesma vida,eu realmente gostaria de não me sentir sozinha,porem completa estava, com ela ali,mesmo não ter perguntado como eu estava e nem ter dado um abraço de despedida,talvez isso não valha pra ela, tanto como vale para mim ou talvez ela tenha esquecido de tanta coisa e dado importancias a outras,mas tenho medo de criar esse conceito,por que eu exagero na maioria das vezes e não quero parecer egoista, esse é um sentimento que nao gostaria de ter a respeito a nossa amizade. Talvez ela se sinta como filha minha, e eu tenha que dá a força e eu tenha que está forte,mas nem sempre consigo,nem sempre posso estar. Eu quero desabar e desabar feio e me perdoar pelo meu jeito meigo, carente de ser e atrapalhado muitas vezes, não sei agir, as vezes meus sentimentos estrapulam demais pelos poros,pelos sorissos,pelas maos e gera uma inquietitude imensa. Hoje voltei triste,mas parece que conformada que estou sozinha,porem completa. O vazio é tão vasto,tão estabilizador que eu não posso dizer se estou bem ou mal,pois tudo parece estar dentro de mim, tudo parece ser e dizer um sim ou não limita muito o que eu quero mostrou que sou ou estou. Sempre dividida por essa tenue linha de ser e estar, amar e odiar,no fim os antonimos são um só e me acho tão boba de acreditar que as coisas podem ser divididas por palavras.


~~ as vezes explicar demais,borra a vista do outro de conhecimentos do que deveria estar em meu silencio, em meu santuario, então calo.~~
~~ Cuidado: quando me perco nas palavras, eu as perco~~
~~ Se permitir é realmente o que falta?